CERAT - 10 ANOS DEPOIS

Carvalho Neves *

A carta missiva é a mais tradicional forma de comunicação pessoal, utilizando a palavra escrita.  É também notícia.  É também intimidade.  É também o elo que liga uma ou mais pessoas de uma forma que permita acompanhar o seu tempo e o seu modus vivendi.  Às vezes, toma a forma epistolar e quando é tornada pública, deixa de ser uma carta missiva e passa a ser um documento público.
Dez anos são passados.  No início, um punhado de Irmãos decidiu trocar correspondência, carta missiva propriamente dita, dentre os representantes da Revista Maçônica A TROLHA.  Nesse período surgiu o  CERAT (Clube Epistolar dos Representantes d’ A Trolha).  Houve profusa troca de correspondência no início, mas, depois, o ímpeto arrefeceu e poucos continuaram na lide.  Posteriormente, as cartas deixaram a sua forma particular e passaram a habitar as páginas de jornais e revistas Maçônicas.
Parece que nós brasileiros não somos muitos afeitos aos hábitos epistolares, tipo carta missiva, como rotina.  Fora daqui, existem grupos de correspondência cuja longevidade conta-se em anos e correspondência em quilos.  Aqui, é diferente.  Pelo menos até onde tenho conhecimento.
Parece que o fato de não escrever é também uma forma de comunicação.  Ou mesmo quando é feita anualmente ou em momentos especiais.  Existem forma e formas de carta.  A constância em escrevê-las e expedi-las aos destinatários e deles receber resposta ao tempo esperado pelo emissor da mensagem, tem variado ao longo do tempo.
Nesse período, novos missivistas surgiram.  Outros seguiram o ritmo normal.  Mas um pequeno grupo continuou.  Dentre eles, destacamos o mais assíduo e o que mais incentiva esse hábito tão salutar – o Irmão E. FIGUEIREDO.  A sua constância faz com que sempre haja carta a receber e enviar.  Algumas, seguem a rotina do receber e responder, outras nem tanto.  Mas, de uma forma ou de outra, sempre acaba havendo uma troca de informações.  Passou, então, a denominar-se CERAT – CLUBE EPISTOLAR REAL ARCO DO TEMPLO.
A sua forma epistolar pública denominada – Epístola aos Ceratianos – circular entre os membros do grupo e, na maioria das vezes, publicada na imprensa Maçônica, a torna uma forma especial de expressar o ponto de vista do missivista sobre vários temas, inclusive o ato de escrever.
Parece chegar a hora de os CERATIANOS utilizarem o mundo virtual para a troca de correspondência, via correio eletrônico (e-mail).  É um meio eficaz, onde a urgência é a sua forma de anúncio.  Outrora, o telegrama urgente tinha esse papel.  Mais modernamente, o fax.  Agora, é a mensagem eletrônica, via e-mail, dos que estão plugados na Internet, que traz o anúncio de nova mensagem.  Mãos à obra!

Esperamos que esse grupo continue a promover essa forma e aproximação entre as pessoas e difusão das ideias.

(*)  O autor, Francisco Chagas Carvalho Neves, tem vários livros publicados, e, é Vice-Presidente da Academia Brasileira Maçônica de Letras.
Publicado no AMPULHETA número 10, Jul/Ago /97, de Ferraz de Vasconcelos, SP
Publicado no Tempo Maçônico número 10, Out/97, de Teresina, PI

 

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Abel Tolentino

Atualização 26/12/2023

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